O salário mínimo no Brasil teria que ser de R$ 3.716,77, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
É este o necessário “para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”, diz a instituição.
O valor calculado para o mês de abril caiu em relação a março (R$ 3.736,26) e é o mais baixo deste ano até agora.
Ainda assim, é 4,2 vezes maior do que o salário mínimo atual (R$ 880). Em abril de 2015, o salário mínimo necessário (R$ 3.251,61) era 4,1 vezes maior do que o mínimo então em vigor (R$ 788).
A lei determina que o reajuste anual do salário mínimo tem como base a soma da variação do INPC (inflação para população de baixa renda) no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB dois anos antes.
Já que o PIB ficou parado em 2014 e teve queda em 2015, o que deve se repetir em 2016, o próximo aumento real ficará no mínimo para 2019.
“O que vai acontecer com a pessoa hoje empregada que ganha um salário baixo? (…). Você acha que elas vão continuar todas empregadas ganhando R$ 3.700 ou elas vão ser mandadas embora porque a contribuição delas para o produto final da empresa não vale esses R$ 3.700?”.